Dentro da Estilística que estuda esses processos de manipulação existentes na língua portuguesa, existem as Figuras de Linguagem que são recursos utilizados para realçar e dar um efeito diferente ao sentido do texto. Podem ser classificadas em: figuras de palavras, figuras de construção ou sintaxe, figuras de pensamentos e figuras de som.
As Figuras de Sintaxe também conhecidas como Figuras de Construção são termos responsáveis por modificar um período, quer seja omitindo, invertendo ou repetindo termos para dar expressividade a uma oração. São muito utilizadas por escritores e afins da língua portuguesa para brincar e dar mais ênfase ao que se quer ressaltar e, também, nas provas de concursos públicospara confundir o candidato.
ELIPSE
Omissão de um ou mais termos facilmente perceptíveis. Podem ser termos existentes em um contexto ou mesmo elementos gramaticais utilizados para a construção da frases como pronomes, preposições, verbos ou conjunções.
1) (Eu) Preciso (de) que me ajudem com os simulados.
2) Marta perdeu a melhor prova de concurso do ano. (Ela) Decidiu se planejar melhor para as próximas provas.
ZEUGMA
Tipo de elipse utilizada para não repetir verbo ou substantivo.
1) Eu encontrei a resposta. Ela não encontrou! (resposta)
2) Cláudia escovou os dentes. Eu, os cabelos. (escovei)
3) Ele prefere português; eu, raciocínio lógico para concursos. (prefiro)
ANÁFORA
Repetição de palavras no início de versos ou de frases para reforçar, dar coerência ou valorizar algum elemento da oração.
1) "É pau, é pedra, é o fim do caminho" (Tom Jobim)
2) "Ela não sente, ela não ouve, avança! avança!" (Fialho d'Almeida)
3) “Se você dormisse, se você cansasse, se você morresse...mas você não morre.” (Carlos Drummond de Andrade)
SILEPSE
Concordância feita com a ideia e não com a palavra. Pode ser classificada em Silepse de Gênero, Silepse de Número e Silepse de Pessoa.
1) Silepse de gênero: acontece quando há uma discordância entre feminino e masculino.
Sua Excelência (substantivo feminino) está enganado (adjetivo masculino).
2) Silepse de número: acontece quando há uma palavra ou sujeito coletivo que mesmo estando no singular representa mais de um ser.
Um bando (substantivo no singular) de moleques gritavam (verbo no plural).
3) Silepse de pessoa: acontece quando o sujeito aparece na terceira pessoa e o verbo na primeira pessoa do plural.
Os candidatos (3ª pessoa) estamos preparados. (1ª pessoa)
PLEONASMO
Repetição enfática de um termo ou ideia. Existem dois tipos de pleonasmo:
1) Pleonasmo literário: é utilizado para dar ênfase a alguma ideia por meio de palavras redundantes, tanto sintática, quanto semanticamente.
"Morrerás morte vil na mão de um forte..." (Gonçalves Dias)
2) Pleonasmo vicioso: é considerado um vício de linguagem e expressam ideias já ditas anteriormente. Eles devem ser evitados, pois são desnecessários e não tem o objetivo de reforçar as ideias.
Subir para cima, repetir de novo, acabamento final, canja de galinha, descer para baixo, viúva do falecido, introduzir dentro, etc.
"A mim só me resta uma saída".
POLISSÍNDETO
Repetição enfática de conjunção entre as orações do período ou dos termos de uma oração.
1) "Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua" (Olavo Bilac)
ASSÍNDETO
Ausência de conjunção coordenativa que são substituídas por vírgulas.
1) "Cheguei, vi, venci."
HIPÉRBATO
Inversão completa de termos da frase.
1) Desfilavam os foliões.
Ordem direta: Os foliões desfilavam
2) São importantes, os testes e simulados de concursos públicos, para os concurseiros.
Ordem Direta: Os testes e simulados de concursos públicos são importantes para os concurseiros.
3) Da minha vida cuido eu, ok?
Ordem Direita: Eu cuido da minha vida, ok?
ANACOLUTO
Corte brusco de uma frase e início imediato de outra, de modo que fique sobrando um termo sem função, ou seja, esse termo fica desconectado do período.
1) Espingarda, não me agradam armas de fogo.
2) "Quem o feio ama, bonito lhe parece" (Provérbio Português)
3) Alexandre 'O Grande', quantas coisas ele já fez na história.
A interpretação de textos é primordial para a resolução de questões e também para a produção de novos textos, como a redação para concursos. Ela está relacionada a leitura que um indivíduo tem de um texto e o que ele conseguiu extrair e entender de seu significado, captando a mensagem que o autor queria transmitir.
Assim, é preciso entender que o texto é a unidade principal de organização de informações, ideias e conceitos. Ele sempre terá um interlocutor, ou seja, o indivíduo que irá lê-lo.
Nas provas de concursos públicos, o candidato deve ter o hábito de fazer leituras diárias, pois é através dela que o indivíduo terá um vocabulário mais amplo e um conhecimento aprimorado da língua portuguesa. Praticar a leitura, faz com que a interpretação seja mais aguçada e o concurseiro possa entender os enunciados de outras questões no decorrer de sua prova. Ao estudar, se houverem palavras não entendidas, procure no dicionário. Ele será seu companheiro na hora das dúvidas.
Em questões que cobram a interpretação de textos como por exemplo aquelas que existem textos de autores famosos ou de notícias, procure entender bem o enunciado e verificar o que está sendo cobrado, pois é preciso responder o que exatamente está sendo cobrado no texto e não aquilo que o candidato pensa.
Ao ler um texto procure atingir dois níveis de leitura: leitura informativa e de reconhecimento e leitura interpretativa. No primeiro caso, deve-se ter uma primeira noção do tema, extraindo informações importantes e verificando a mensagem do escritor. No segundo tipo de leitura, é aconselhável grifar trechos importantes, palavras-chaves e relacionar cada parágrafo com a ideia central do texto.
Geralmente, um texto é organizado de acordo com seus parágrafos, cada um seguindo uma linha de raciocínio diferente e de acordo com os tipos de texto, que podem ser narrativo, descritivo e dissertativo. Cada tipo desses, possui uma forma diferente de organização do conteúdo.
Para saber mais sobre os textos e treinar para as provas, acesse o site Dicas de Redação!
Veja algumas dicas de como fazer uma redação para não perder pontos na hora da prova:
- Leia duas vezes o texto. A primeira para ter noção do assunto, a segunda para prestar atenção às partes importantes. Lembre-se de que cada parágrafo desenvolve uma ideia.
- Durante a segunda leitura, sublinhe o que for mais significativo, a ideia principal de cada parágrafo. Também é possível fazer anotações à margem do texto.
- Volte ao texto, a cada pergunta feita durante a prova. Assim, o candidato terá mais chances de entender e marcar a resposta correta.
- Procure conversar com o texto e responda as perguntas essenciais: o que, quem, quando, onde, como, porquê, para que, para quem, etc.
- Cuidado com provas que utilizam figuras de linguagem, conjunções e pronomes. Domine esse conteúdo!
- Fique atento à pontuação, como os travessões e as vírgulas. Às vezes, esses elementos podem ser usados para desorientar o candidato.
- Treine muito. Faça os exercícios de provas anteriores, saiba o estilo das questões da banca examinadora e quais os assuntos mais cobrados.
- Leia atentamente o comando da questão, para saber realmente o que se pede. Muitas vezes interpreta-se erroneamente por não ter entendido o enunciado. Atenção quando pedir a "alternativa falsa", ou seja, " a única alternativa que difere", " a alternativa que não está no texto", etc.
- Quando o enunciado indicar uma linha ou uma expressão extraída do texto, volte e releia o parágrafo inteiro atentamente. Se necessário releia mais de um parágrafo para entender a ideia do contexto indicado.
- Leia mais de uma vez cada alternativa a fim de eliminar os absurdos. Frequentemente, os enunciados dão indícios da resposta. Fique atento!
- Se a questão pede a ideia principal ou tema do texto, normalmente deve situar-se na primeiro ou no último parágrafo - introdução ou conclusão.
- Se a questão busca a argumentação, deve localizar-se nos parágrafos intermediários - desenvolvimento.
A língua é um sistema de signos orais e gráficos que compõem um código que serve os indivíduos em suas necessidades de comunicação.
A língua portuguesa chegou ao Brasil através dos colonizadores portugueses. Porém, ela foi recebendo termos de influência indígena, espanhola, holandesa, africana, etc.
O português começou a ser usado principalmente pelos padres jesuítas, que eram enviados ao Brasil. Posteriormente, os indígenas começaram a aprender português por influência desses religiosos.
No decorrer dos séculos Portugal permaneceu com um português sem muitas influências externas enquanto o Brasil foi mais influenciado por outros dialetos.
A língua, como veículo da comunicação, pode apresentar várias modalidades:
Língua comum
É a língua-padrão do país, aceita pelo povo e imposta pelo uso.
Língua regional
É a língua comum, porém com tonalidade regionais na fonética e no vocabulário, sem, no entanto quebrar a estrutura comum. Quando se quebrar essa estrutura aparecerão os dialetos.
Língua popular
É a fala espontânea do povo, eivada de plebeísmo, isto é, de palavras vulgares, grosseiras e gírias; é tanto mais incorreta quanto mais inculta a camada social que a usa.
Língua culta
É usada pelas pessoas instruídas, orienta-se pelos preceitos da gramática normativa e caracteriza-se pela correção e riqueza vocabular.
Língua literária
É a língua culta em sua forma mais artificial, usada pelos poetas e escritores brasileiros em suas obras.
Língua falada
Utiliza apenas signos vocais, a expressão oral; é a mais comunicativa e insinuante, porque as palavras são subsidiadas pela sonoridade e inflexões da voz, pelo jogo fisionômico, gesticulação e mímica; é prolixa e evanescente.
Língua escrita
É o registro formal da língua, a representação da expressão oral, utiliza-se de signos gráficos e de normas expressas; não é tão insinuante quanto a falada, mas é sóbria, exata e duradoura.